sexta-feira, 2 de setembro de 2016

#67 - A MAGNÓLIA, Luiza Neto Jorge

A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me à forma
o meu resplendor.

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria -- na metáfora --
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.

A magnólia
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.


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