Um verso escapa
Descaradamente
Do poema que escrevo.
Um rumor longínquo
Segreda-me
Que ele espezinha
Os companheiros
Da minha caravana.
De repente
Ele projecta-se
No «écran» do meu espanto
Com garras e lábios
Manchados de sangue.
Nos meus olhos há imagens feridas.
E numa voz cortante
Blasfema
Sou a dor
o sangue
a vítima
Dos teus crimes impunes!
Vingo-te à minha maneira.
Renego-te
Renegado!...
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