Se me sobrevivesse, imperecida,
A memória da angústia que sofri
Na desordem do tempo em que vivi,
Já tinha fundamento a minha vida.
Debrucei-me na História, mas não vi
outra idade com esta parecida:
Tantos caminhos, tantos! e perdida,
A noção de chegar até aqui!
Árvore do passado! já não cabem
mais ilusões à sombra dos teus ramos...
E os teus frutos, agora, a nada sabem!
Poesia! onde me levas? onde vamos,
se as fórmulas antigas não nos abrem
O mistério da treva que sondamos!?
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#96 - PERSISTÊNCIA, Rui Knopfli
Desmembrado, o corpo. Apenas um rosto, a imobilidade larvar da carne e o silêncio só excedido pelo livor que, sobre as feições, vai baixa...
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Incultas produções da mocidade Exponho a vossos olhos, ó leitores: Vede-as com mágoa, vede-as com piedade, Que elas buscam piedade, ...
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