É por acção de amor ao meu país
que te reclamo, ó necessário irmão,
velho Whitman da cinzenta mão,
para que, com teu apoio extraordinário,
verso a verso, matemos de raiz
Nixon, o presidente sanguinário.
Sobre a terra não há homem feliz,
ninguém trabalha bem no planeta
se em Washington respira o seu nariz.
Pedindo ao velho bardo que me invista,
os meus deveres assumo de poeta
armado do soneto terrorista,
porque devo ditar sem pena alguma
a sentença até agora nunca vista
de fuzilar um criminoso ingente
que apesar das suas viagens para a lua
já matou na terra tanta gente,
que até foge o papel e a pena se alevanta
ao escrever o nome do maldito,
do genocida, o da Casa Branca.
(tradução: Alexandre O'Neill)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
#96 - PERSISTÊNCIA, Rui Knopfli
Desmembrado, o corpo. Apenas um rosto, a imobilidade larvar da carne e o silêncio só excedido pelo livor que, sobre as feições, vai baixa...
-
A exaltação do mínimo, e o magnífico relâmpago do acontecimento mestre restituem-me à forma o meu resplendor. Um diminuto berço me rec...
-
Seco de inspiração, mas não de sentimento pelas tristezas que o comovem tanto para assunto de poemas, o medíocre poeta o seu estilet...
Sem comentários:
Enviar um comentário